Exposição
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A exposição “mis piedras — Sergio Camargo” apresentada pelo IAC na plataforma Art Curator Grid, traz ao público uma seleção de imagens fotográficas que apresentam o artista em seus ateliers, seja no contato com a matéria-prima de suas esculturas, seja em processo de reflexão sobre sua produção.
A exposição “mis piedras — Sergio Camargo” apresentada pelo IAC na plataforma Art Curator Grid, traz ao público uma seleção de imagens fotográficas que apresentam o artista em seus ateliers, seja no contato com a matéria-prima de suas esculturas, seja em processo de reflexão sobre sua produção.
Exposições anteriores
ARQUIVO LABIRINTO
Pesquisadores
Érica Burini
Cris Ambrósio
Giovanna Endrigo
Laura Manganote
Julia Mussalan
Apresentação
Local
Érica Burini, Cris Ambrosio, Giovanna Endrigo, Laura Manganote e Julia Mussalan adentraram por 6 meses o acervo do IAC e dali expandiram os inúmeros documentos com as quais se defrontaram, em ações e textos crítico-ensaísticos, processos experimentais de pesquisas e formas de compartilhar suas percepções. Com orientação de Galciani Neves,
LABIRINTOARQUIVO é um lugar de encontro e conversa em que as 5 pesquisadoras abrem as tramas desse vagar-pesquisar e como cada uma, de forma muito singular, experimentou estar em pesquisa e em produção de conhecimento sobre Antonio Dias, Ivan Serpa e a Petite Galerie.

Petite Galerie
Willys de Castro é fotografado ao lado de Franco Terranova em abertura de exposição na Petite Galerie.
Acervo Instituto de Arte Contemporânea
Confira abaixo o resultado das pesquisas.
Resultados
de pesquisa
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Cris Ambrosio
Cordeiro, bode e percurso em 3 escoras — práticas experimentais em crítica e arte
O fio que se engendra a partir da imagem-convite da mostra Agnus Dei (1970, Thereza Simões, Guilherme Vaz e Cildo Meireles), traz para perto A Nova Crítica (1970) de Frederico Morais e amarra Isso é que é (1975), de Antônio Manuel. Por meio dessa linha histórica e analítica, a artista Cris Ambrosio propõe um comentário sobre os três eventos e práticas que tensionam limites e funções instituídos nos âmbitos da arte e crítica.
A pesquisa reconstrói o histórico de três eventos que aconteceram na galeria carioca: a mostra sequencial Agnus Dei (1970, Thereza Simões, Guilherme Magalhães Vaz, Cildo Meireles), A Nova Crítica (1970, Frederico Morais) e Isso é que é (1975, Antônio Manuel). Esse trio de acontecimentos recebe uma atenção especial por conta, sobretudo, de A Nova Crítica: uma proposta do crítico Frederico Morais de comentar Agnus Dei não por meio de texto, mas de objetos que usassem os mesmos materiais e compartilhasse o mesmo espaço dos trabalhos comentados, em um gesto de generosidade diante dos artistas. Por meio de uma análise da imagem-convite de Agnus Dei e dos objetos criados por Morais, a pesquisa da artista Cris Ambrosio aponta procedimentos que remetem a A Nova Crítica em trabalhos de Antônio Manuel, e relaciona a próxima relação de diálogo e colaboração entre os vários personagens da cena artística com o contexto de perseguição política da fase mais violenta da ditadura civil-militar.

Cris Ambrosio é artista e pesquisadora. Tem formação em Artes Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da mesma instituição. Atuou como coordenadora de projetos e curadora na coleção moraes-barbosa (São Paulo), repórter júnior na revista seLect_celeste, organizadora da Revista Tonel e em exposições como curadora e artista desde 2018. Atualmente é responsável pela comunicação da editora independente GLAC edições.
Érica Burini
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PROJECT FOR A PLACE IN THE MIND: a obra de Antonio Dias lida sob a perspectiva da territorialidade
Érica Burini pesquisa o arquivo de Antonio Dias, sob uma perspectiva de territorialidade, conceito de raiz geográfica, que guiará a leitura da vida e obra do artista. Os vários deslocamentos que viveu são lidos em seus múltiplos sentidos geopolíticos que impregnam também a obra com a resistência de um olhar sobre o seu local de origem.
É discutida, a partir de documentos presentes no IAC, a dimensão da territorialidade na obra de Antonio Dias, com ênfase na produção da década de 1970. O conceito de raiz geográfica é desdobrado na pesquisa, abrangendo a relação simbólica, histórica, política, social e afetiva do artista com os territórios que habita. Este viés deixa indícios na obra em expressões recorrentes como em Anywhere is my land, Occupied country e Freedom territory. A materialidade também se torna um componente de atenção, por refletir o diálogo que Dias propõe com o ambiente que o circunda. Algumas outras estratégias de criação em meio à censura e de retorno estético, crítico e político ao lugar de origem serão analisadas também. Os múltiplos sentidos das obras de Dias são revisitados e ampliados com os artistas contemporâneos Cris Peres, Jorge Menna Barreto, Kauê Garcia e Vitor César, que foram entrevistados pela pesquisadora.

Érica Burini (1994, São Manuel-SP) é historiadora da arte, pesquisadora e curadora. Formada em Artes Visuais e mestre em História da Arte pela Unicamp. Trabalha com curadoria desde 2019. Atualmente, participa da gestão do Ateliê397, espaço independente de arte, onde faz mediação nos grupos de acompanhamento para artistas Clínica Geral e criou programas como Recepção397, voltado para artistas emergentes, e Like a Virgin, que mostra o primeiro vídeo feito por artistas estabelecidos ou de meio de carreira.
Giovanna Endrigo
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EXTRA! Leilão da Petite Galerie leva público à loucura
Giovanna Endrigo explora o arquivo da Petite Galerie a partir de notícias em jornais sobre os leilões organizados pela galeria nas décadas de 1960 e 1970 no Rio de Janeiro. Sua pesquisa questiona de que forma a P.G. utilizou os veículos de comunicação para influenciar a consolidação de um mercado de arte nacional emergente.
Partindo de um estudo cronológico de clippings encontrados no acervo do Instituto de Arte Contemporânea sobre os leilões da Petite Galerie, foi criado um jornal que apresenta narrações fabulativas de acontecimentos da época, reconstruindo estratégias utilizadas pela galeria carioca para consolidação de um mercado de arte nacional a partir de inserções de notícias e anúncios na mídia impressa nas décadas de 1960 e 1970. Através de colunas de artes e colunas sociais, anúncios publicitários, matérias econômicas, roteiros de turismo e críticas de arte; exclusividade, luxo, erudição, doações beneficentes e fomento à produção nacional foram alguns dos elementos associados discursivamente aos leilões da Petite Galerie durante a publicização desses eventos na mídia. Apropriando-se das linguagens, estilos e formas utilizados pelos jornais do período, foram fabulados textos e anúncios que recriam os percursos da Petite Galerie e as estratégias para criação de demanda sob a ótica da recepção do público que consumia esses veículos de comunicação.

Formada em Artes Visuais, Giovanna Endrigo é pesquisadora e também atua como assistente de Educação na Fundação Bienal de São Paulo. Interessada por intersecções entre arte, sociologia, análise de dados, mercado, instituições culturais e circuitos de legitimação, Giovanna já desenvolveu pesquisas sobre a metodologia da Crítica Institucional em contextos latino-americanos, a influência do giro linguístico na produção de artistas conceituais norte-americanos e o perfil discente em cursos superiores de arte na cidade de São Paulo. Atualmente analisa a consolidação do mercado de arte nacional na segunda metade do século XX e as estratégias utilizadas pelos agentes do campo para profissionalização da área.
Laura Manganote
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[[Rede Petite Galerie]]
Sinopse:
Laura Manganote propõe uma tradução visual da rede de circulação e distribuição da Petite Galerie revelando a participação da galeria na institucionalização da arte e do mercado artístico brasileiro a partir do seu mapa de relações. O projeto pode ser acessado através de um mapa interativo online e da plataforma digital Obsidian, onde os arquivos podem ser utilizados para a continuação coletiva da pesquisa.
Resumo:
Em [[Rede Petite Galerie]], as fotografias das vernissages realizadas na galeria carioca, encontradas no acervo do IAC, foram a base para encontrar sujeitos, territórios, instituições e exposições que estruturaram circuitos-sistemas institucionalizantes do mercado de arte no Brasil entre 1950 e 1980. Unindo objeto e prática de pesquisa, o trabalho se desvela como uma tradução visual do mapa de relações que orbitaram a Petite Galerie e, ao mesmo tempo, uma plataforma de continuação à pesquisa no acervo. Foi criado a partir da coleta de metadados presentes nas imagens pesquisadas, usando de informações das biografias canônicas dos artistas a elas relacionados, disponíveis em seus sites oficiais e em enciclopédias online de difusão cultural. Com isso, foram identificadas conexões entre os elementos que circundam 15 fotografias do arquivo da Petite Galerie. Essas conexões construtivas atuam para a compreensão de relações fundantes do sistema artístico brasileiro e colaboram para a realização de novas pesquisas.

Laura Manganote (2000, Campinas-SP) é pesquisadora, historiadora da arte e comunicadora. Bacharel em Midialogia e mestranda em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), desenvolve pesquisas sobre arte-educação, história das exposições e cultura visual. Teve experiências profissionais e de pesquisa no Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, na 33° Bienal de São Paulo e na Freie Universität Berlin (Alemanha), além de ter sido bolsista de projetos financiados pelo CNPq e pela Getty Foundation.
Júlia Mussalam
O ateliê infantil de Ivan Serpa
Júlia Mussalam se debruça sobre o acervo de Ivan Serpa, explorando as atividades do artista no ateliê infantil do MAM-Rio, buscando traçar relações entre a valorização da criação infantil e as articulações que alimentaram novos valores sobre a classificação de objetos artísticos por meio do projeto concretista e da atividade crítica de Mário Pedrosa.
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Júlia Mussalam É arte educadora formada pela UNESP (FAAC), atua com mediação cultural, educação não formal e atividades de pesquisa voltadas para os temas da história da arte, artes visuais, arte educação, histórias das exposições e instituições de arte e cultura. Durante a graduação pesquisou os temas da videoarte, curadoria educativa e do cânone na arte. Na Residência de Formação em Pesquisa do IAC, trabalhou com o acervo Ivan Serpa, pesquisando seu ateliê-escolinha e as exposições infantis promovidas no MAM-Rio.